A Universidade Pública brasileira está
cada vez mais seguindo a cartilha neoliberal, como podemos observar através das
Fundações de Direito Privado, da Reforma Universitária e também através de seus
projetos de pesquisa, servindo assim aos interesses do capital.
A esse cenário soma-se a ausência de
uma política de assistência estudantil, política esta que é propositalmente
deixada de lado. Assim as universidades encontram-se sem assistência
estudantil, isto é, moradia estudantil, bolsas, restaurantes universitários,
passe-livre, entre outas lutas, dificultando a permanência do estudante pobre
na universidade.
Esse cenário só é passível de mudança
através de luta, isto é, através de um movimento estudantil atuante e de
massas. Porém o movimento estudantil se encontra tanto a nível local como
nacional desmobilizado, num período de grande refluxo, com pouca movimentação,
participação e ação política, essa ocorrendo de forma esporádica e sem
continuidade. Assim, nos últimos anos presenciamos poucas lutas de impacto no
movimento estudantil.
É preciso romper com o movimento
estudantil atual, burocrático, autoritário e centralizador, denunciando suas
práticas que são na verdade feitas em benefício da reitoria, da manutenção do
status quo da universidade e da manutenção da ordem capitalista.
Precisamos construir um movimento
estudantil combativo e classista, que esteja na luta ao lado dos
estudantes pobres e do povo, se organizando de baixo para cima, da
circunferência para o centro, onde a direção de um DA, CA, DCE acate e execute
as decisões tomadas pela base. Um movimento estudantil baseado na ação direta,
ou seja, não contando com as promessas da burocracia da universidade e da
reitoria para conquistarmos nossos direitos, mas sim juntando nossas forças e
lutando com as nossas próprias mãos.
adaptado do blog - acaoestudantil.blogspot.com.br